Caros Leitores,
Não existe um investimento sem risco, sempre terá uma relação direta entre risco e rentabilidade esperada, e com os fundos de investimento não é diferente, ou seja, quanto maior a possibilidade de retorno, maior também pode ser o risco.
Se encontrar uma rentabilidade muito fora do normal e com risco baixo, desconfie.
Quando for investir, é fundamental saber qual a tolerância ao risco do investidor para traçar uma estratégia.
Para escolher a melhor estratégia de investimento para o seu perfil, é essencial conhecer a sua tolerância ao risco, que expressa a volatilidade a que o investidor está disposto a tolerar.
Há três tipos de risco: risco de mercado, risco de crédito e risco de liquidez, todos estão interligados e um pode ser consequência do outro, quando todos não afetarem a sua rentabilidade atual.
Risco de Mercado
É o tipo de risco relacionado às variações do próprio mercado, ou seja, à desvalorização ou valorização de um ativo que compõe a carteira do fundo de investimento, exemplo, ação da Petrobras, VALE, Usiminas, ou indices de renda fixa e/ou inflação.
Essa variação pode ser influenciada por acontecimentos políticos, econômicos e particulares de determinado segmento ou empresa.
Quanto maior a volatilidade do ativo, ou seja, a oscilação do preço em relação à sua média, maior é o seu risco de mercado.
Risco de Crédito
É a possibilidade da contraparte não cumprir suas obrigações, parcial ou integralmente, de pagamento dos juros ou do principal na data combinada.
A contraparte, neste caso, pode ser o emissor do título que o fundo de investimento compra.
O investidor aceita um investimento com alto risco de crédito pela compensação de obter maior rentabilidade.
Risco de Liquidez
Consiste na eventual dificuldade que o administrador possa encontrar para vender os ativos que compõem a carteira do fundo de investimento, ficando impossibilitado de atender aos pedidos de resgate do investimento.
Neste caso, eles podem ser obrigados a liquidar os ativos dos fundos a preços depreciados para fazer frente a resgates, o que poderá influenciar negativamente o patrimônio líquido do fundo de investimento.
É o que pode ocorrer, por exemplo, no caso de uma crise financeira mundial.
“Em fundos de investimento, normalmente, o risco está relacionado à carteira de investimento e ao gestor que a administra”.
Rating
Significa um classificação e funciona como um instrumento de medição de riscos.
Uma agência de rating oferece opiniões atualizadas e independentes sobre a capacidade de o emissor de um ativo pagar suas dívidas e honrar seus compromissos financeiros, ou seja, a qualidade de crédito do emissor.
Há classificação de risco de bancos, de países ou mesmo de um ativo específico.
Por exemplo, se uma empresa oferece ações que irão render juros a investidores, a agência dá a sua opinião sobre os riscos envolvidos na compra destes papéis.
Em relação aos países, avalia a capacidade deles de pagar os títulos de longo prazo que lançam no mercado internacional.
Assim, o rating é uma nota que indica qual o risco de calote que o investidor deve encontrar ao colocar dinheiro nestas empresas ou países.
Uma das grandes vantagens de investir por meio de um fundo é que o investidor não precisa acompanhar a classificação de cada um para tomar uma decisão de investimento, pois cabe ao gestor do fundo de investimento acompanhar todas essas classificações.
Isto porque o gestor faz uma série de avaliações para compor a carteira, e uma delas é quanto ao risco de crédito.
Para tanto, ele leva em consideração, dentre outras coisas, o rating da empresa e do título, o prazo e a remuneração.